China seguirá no topo da produção de calçados de couro ainda por muito tempo
Os países do Sudeste Asiático estão desempenhando um papel mais significativo no mercado de couro, artigos de couro e calçados. Os números provam isso especialmente em termos de crescimento das exportações de calçados para grandes países consumidores da Europa e dos EUA. Segundo a Lefaso, entidade que representa o setor coureiro e de produtos de couro do Vietnã, o objetivo do país para 2018 é exportar calçados no valor de US $ 20 bilhões, em comparação com o valor de US$ 14,67 bilhões de 2017, em um aumento ambicioso de 36,3% no ano. Estes números já colocam o Vietnã atrás apenas da China no ranking global de exportação de calçados. Mas a China ainda está anos-luz à frente de seu concorrente mais próximo, tendo alcançado no ano passado receita de US$ 45,59 bilhões nas exportações de calçados (9,56 bilhões de pares) em comparação aos US$ 14,67 bilhões do Vietnã.
Segundo Richard Smith, da APLF, “a China está muito à frente das nações concorrentes, cuja principal vantagem é o baixo custo de mão de obra”. Para a produção de calçados de couro, todos esses países precisam importar couro bovino para abastecer suas linhas de produção, como faz a China. Isso inclui todos os tipos de couro e, no caso específico da China, este país importou US$ 5,68 bilhões em couro de fornecedores internacionais em 2017, segundo dados da CLIA.
A principal lição para os curtidores ocidentais, na avaliação de Richard Smith, “é não ignorar a China como grande cliente para as exportações de couro, pois continua sendo o elefante na sala na Ásia e não será desalojada tão cedo desta condição”.