Editorial
Agregação de valor e os diferenciais na utilização do couro para produção de artefatos
A agregação de valor ao produto industrializado pelos curtumes é, de longa data, o grande anseio da classe curtidora nacional.
Sabemos, os curtidores gaúchos e brasileiros, que teremos empresas potencialmente ativas e altamente produtivas na medida em que tenhamos em paralelo, uma forte e dinâmica indústria que permita transformar o couro em produtos manufaturados.
O exemplo das décadas de 1970 e 1980 é significativo. Os curtumes brasileiros exportavam não mais de que 20% de sua produção. Os restantes 80% era transformados em calçados, acessórios, bolsas, vestuário e móveis, destinados ao mercado interno e também ao mercado internacional. A indústria calçadista chegou a exportar, à época, mais de 120.000.000 (cento e vinte milhões) de pares de calçados de couro/ano. Em 2016 exportou 20.400.000 de pares.
Ocorreu a agregação de valor às avessas. O segmento curtidor da cadeia passou a exportar a matéria prima que foi agregar valor e gerar empregos em outros países, principalmente na China e na Itália.
A falta de estímulo à atividade produtiva, com embaraços de toda ordem às ações do empreendedor, somada às injunções ocasionadas pela queda da capacidade de compra da população e pela própria moda que permite o uso de materiais alternativos, fez com que o foco do setor curtidor se direcionasse ao mercado externo, para onde destina hoje 80% de sua produção. No ano de 2016, os curtumes gaúchos exportaram 38,5 milhões de metros quadrados de couro, 75% dos quais nos estágios acabado e semi-acabado. O Brasil exportou 193,9 milhões de metros quadrados de couro.
Dados históricos indicam que, a cada 5 milhões de m² de couro exportado, qualquer que seja o estágio, deixam de ser gerados aqui até 13.000 empregos diretos e nada menos que 39.000 empregos indiretos.
Mesmo que se considere as variáveis impostas pela moda e pelo baixo poder aquisitivo da população, é inadiável que seja construída uma estratégia setorial com foco na recomposição do poder de industrialização da cadeia produtiva de modo a agregar valor à matéria prima couro aqui produzida, quer seja exportando maior contingente de couro acabado em detrimento de outros estágios, quer seja, e, preferencialmente, incentivando a manufatura de calçados, artefatos, móveis, vestuário e tudo o mais que permita a utilização desta nobre matéria-prima, ou, seremos agentes passivos da destruição da indústria do couro e manufaturados no nosso país.
Esta não deve ser uma política de governo. Deve, obrigatoriamente, ser uma política de Estado.
Sabemos, os curtidores gaúchos e brasileiros, que teremos empresas potencialmente ativas e altamente produtivas na medida em que tenhamos em paralelo, uma forte e dinâmica indústria que permita transformar o couro em produtos manufaturados.
O exemplo das décadas de 1970 e 1980 é significativo. Os curtumes brasileiros exportavam não mais de que 20% de sua produção. Os restantes 80% era transformados em calçados, acessórios, bolsas, vestuário e móveis, destinados ao mercado interno e também ao mercado internacional. A indústria calçadista chegou a exportar, à época, mais de 120.000.000 (cento e vinte milhões) de pares de calçados de couro/ano. Em 2016 exportou 20.400.000 de pares.
Ocorreu a agregação de valor às avessas. O segmento curtidor da cadeia passou a exportar a matéria prima que foi agregar valor e gerar empregos em outros países, principalmente na China e na Itália.
A falta de estímulo à atividade produtiva, com embaraços de toda ordem às ações do empreendedor, somada às injunções ocasionadas pela queda da capacidade de compra da população e pela própria moda que permite o uso de materiais alternativos, fez com que o foco do setor curtidor se direcionasse ao mercado externo, para onde destina hoje 80% de sua produção. No ano de 2016, os curtumes gaúchos exportaram 38,5 milhões de metros quadrados de couro, 75% dos quais nos estágios acabado e semi-acabado. O Brasil exportou 193,9 milhões de metros quadrados de couro.
Dados históricos indicam que, a cada 5 milhões de m² de couro exportado, qualquer que seja o estágio, deixam de ser gerados aqui até 13.000 empregos diretos e nada menos que 39.000 empregos indiretos.
Mesmo que se considere as variáveis impostas pela moda e pelo baixo poder aquisitivo da população, é inadiável que seja construída uma estratégia setorial com foco na recomposição do poder de industrialização da cadeia produtiva de modo a agregar valor à matéria prima couro aqui produzida, quer seja exportando maior contingente de couro acabado em detrimento de outros estágios, quer seja, e, preferencialmente, incentivando a manufatura de calçados, artefatos, móveis, vestuário e tudo o mais que permita a utilização desta nobre matéria-prima, ou, seremos agentes passivos da destruição da indústria do couro e manufaturados no nosso país.
Esta não deve ser uma política de governo. Deve, obrigatoriamente, ser uma política de Estado.